Malinhas, maletas e malões...
Dou comigo a pensar: não consigo viajar com pouca bagagem.
Sempre que sou confrontada com a necessidade de “fazer a mala” fico num dilema: levo dois ou três pares de calças? Um ou dois vestidos? Calções? Saias? Que acessórios? Quantos pares de sapatos? Depois, outro problema: e se rasgo uma peça? E se ponho nódoas? E se preciso de ir a um almoço ou a um jantar especial? E se… resumindo: uma odisseia sem fim e um rol de malinhas, maletas e malões.
A primeira (e única) vez que consegui viajar com um número reduzido de pertences foi num fim-de-semana na costa alentejana em que fui forçada a arrumar tudo num exíguo espaço de uma mala de mota. A paixão e o desejo daqueles dias obrigaram-me a conseguir selecionar o estritamente necessário. Uma escolha que demorou dois dias a ser concretizada. Literalmente.
Gostava de ser capaz de fazer a mala de viajem de modo a evitar constrangimentos. Como aquele que vivi em pleno aeroporto de Frankfurt quando o trolley de cabine (em tela), que entretanto tinha “engordado” nas férias, ficou entalado na grade de controlo do volume da bagagem, depois de ter sido forçado a entrar. Uma situação algo caricata que levou ao desespero, momentâneo, do assistente e dos outros passageiros que estavam na fila de embarque.
Em suma: há sempre mais qualquer coisa para acrescentar à longa lista de pertences, o que torna tudo mais complicado e a “mala” cada vez mais pesada…
Será este um problema só de mulheres? Pergunto-me.