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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Um filme intemporal

 

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Em pleno rescaldo da atribuição dos óscares da academia de cinema, a memória transportou-me para um dos filmes da minha vida: “A Vida é Bela” de Roberto Benigni. Um filme Comovente e Envolvente que conquistou o coração de muitos de nós e que marcou para sempre a História do cinema. Intemporal (diria). Um hino ao Amor no cenário dramático do terror do holocausto. Marcante, mesmo.

 Por todas as razões (e mais algumas) nunca esquecerei este filme.

Vale a pena ver (e rever).

Arte (na rua)

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 Sair de casa e respirar o ar fresco do dia. Sentir o sossego da vila… apreciar as ruas (Tudo) como se do primeiro olhar se tratasse. É esta alquimia de sensações que me apraz e faz sentir completa. Num misto de cores e traços (e de contornos) vou descobrindo as obras de arte pública da vila. Obras que denunciam paixão, cultura, história, lutas e conquistas… obras do Homem para as gentes desta terra (e não só).

 Foi neste registo que deixei a lente captar esses testemunhos do engenho e da arte humana. Um olhar descontraído, com tempo (ao domingo), num dia vulgar (de inverno).

 Estar sozinha comigo e apreciar a beleza das coisas… entranhar-me no silêncio das ruas e viajar no passado. Sentir a alma dos espaços e a História que os veste.

 Quero permanecer assim (ali)… até que o presente me acorde e faça sentir distante.

 

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"Geológos" por um dia...

 

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Sou suspeita nas apreciações que faço de tudo o que diga respeito à Natureza. Adoro o campo, adoro o mar, os animais, as plantas e, naturalmente, do seu suporte físico: a geosfera. O mundo geológico fascina-me! Conhecer e compreender os segredos da história da Terra (inscritos nas rochas) não sendo tarefa fácil nem acessível a todos é, no entanto, fascinante, desde que sejamos detentores das ferramentas adequadas à interpretação da história geológica de um determinado local.

 Há poucos dias, durante uma aula de campo - proporcionada pelo Centro de Ciência Vida de Estremoz (CCV de Estremoz ) - recordei momentos passados, conhecimentos adquiridos e emoções vividas… um verdadeiro “encontro” com o passado de estudante universitária.

 Ensinar Geologia no campo é mágico. Foi isso que tentei proporcionar aos meus alunos com a atividade: “Geólogo por um dia” da responsabilidade do CCV de Estremoz. Percebi que adoraram.

 Hoje, não duvido que encarem a ciência geológica numa perspetiva mais dinâmica e mais holística. Por isso valorizo (tanto) a componente prática no ensino. Porque disponibiliza aos alunos um conjunto de conhecimentos básicos, fundamentais à compreensão dos fenómenos naturais.

 São experiências como esta que facilitam a aprendizagem e motivam os alunos para as matérias, por mais abstratas que possam parecer (e ser).

 

Nota: obrigada Inês pela excelente “aula” de Geologia que nos proporcionou.

A loja do Sr. Relego

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 Não sei bem que idade tinha! Talvez oito, talvez nove anos. Ainda hoje o cheiro forte do café (acabado de moer) está guardado na minha memória - como se fosse ontem que o aroma, pairando no ar, perfumasse o ambiente. Além do cheiro envolvente, o ruído do moinho, triturando os grãos de café, completa o cenário da lembrança da loja de José André G. e Suc. - a loja do Sr. Relego, assim conhecida por muitos.

 Na confluência da Rua 25 de Abril com o Largo Vasco da Gama, em pleno centro da vila, a loja centenária (hoje reconvertida) manteve até aos anos oitenta a traça antiga. Do mobiliário à disposição do mesmo, dos artigos ao atendimento personalizado, tudo permaneceu imutável durante décadas. Um estabelecimento comercial (onde se vendia de tudo), cujo comércio a retalho constituiu, também, uma das suas mais-valias.

  A entrada fazia-se por duas portas, defronte do longo balcão de madeira. Atrás, as altas estantes albergavam: de um lado, os produtos correspondentes à zona da mercearia, do outro, os tecidos (e restantes artigos) na zona da retrosaria. Na parte traseira do rés-do-chão, a contra loja (como lhe chamavam), arrumavam-se os artigos excedentes (e não só). À direita do balcão e com acesso direto a partir do mesmo (ou através de porta para o exterior) localizava-se o escritório, o lugar de eleição do proprietário e gerente do estabelecimento, onde se fazia toda a escrita e contabilidade da empresa.

 Lembro-me de acompanhar a minha mãe nas compras e ficar impressionada (e curiosa) com a destreza manual do empregado da retrosaria a medir os tecidos com o metro de madeira. Ainda hoje consigo visualizar aqueles movimentos precisos das mãos e do metro. O Alfredo, assim se chamava, sustinha sempre um lápis atrás da orelha e cantarolava enquanto degustava um pequeno grão de café - um rapaz alegre e bem-disposto que sabia vender como ninguém.

 Nos armazéns contíguos, eram recolhidos os produtos tradicionais fornecidos pelos produtores locais: cereais, lã, frutos secos e outros. Uma transação comercial que fez da empresa uma referência (até aos anos setenta) no que ao comércio diz respeito.

 O (des)carregamento dos produtos, junto aos armazéns (na Rua da República), era frequente e pressupunha alguma azáfama diária por ali. Ainda me lembro do Sr. Carrilho com uma saca de estopa (dobrada de forma triangular) enfiada na cabeça, para evitar ficar empoeirado, a (des)carregar os sacos de cereal e/ou de farinha dos camiões, para dentro do "armazém das farinhas" e vice-versa. Um trabalho árduo, sem qualquer ajuda mecânica para além de um velho carrinho de mão. Outros tempos, outros métodos de trabalho...

 No armazém frontal (situado no piso superior da loja principal) estava montado o velho moinho de café, no qual o Sr. Fernando (outro funcionário) moía café, várias vezes ao dia, para que o mesmo não faltasse na “lata” da estante da mercearia. Também ali se arrumavam, em local seco e fresco, os “fardos de bacalhau” e outros produtos do género.

 Uma loja com história cuja alquimia de cheiros e sabores marcou presença até ao início deste século…

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A caixa registadora e o velho moinho de café da loja do Sr. Relego 

 

 

 

Blogs em "destaque"

Gosto de escrever! Ou melhor: gosto de escrevinhar! Sempre gostei. Há (quase) um ano decidi dar a conhecer este gosto pessoal. A escrita descontrai-me… e fascina-me. Gostava de saber brincar com as palavras como uma escritora (famosa ou não). O que pensam (ou julgam) dos meus desabafos (mais ou menos íntimos) não me afeta nada. Importa apenas ser Eu.

Se a crítica pejorativa não interfere com este desejo intrínseco de deambular pelas palavras, já o reconhecimento daquilo que tento divulgar e/ou dar a conhecer, confesso que me agrada e me faz bem ao ego. Não fará a todos? Pergunto-me.

Não sei se serei a pessoa indicada para esta crítica, mas sinto-me livre ao fazê-la. E como se diz: “liberdade de expressão” é um direito que me assiste.

Aqui vai: quando o tempo me dá mais tempo para vasculhar na Blogosfera confesso que há momentos em que me apetece desistir. Não do que escrevo, mas da exposição pública do mesmo. Porquê, perguntarão alguns de vós. Porque me magoa a alma ver destacados “posts” sem conteúdo relevante, que nada acrescentam aos leitores, em detrimento de outros cuja mensagem seria mais útil. Talvez. Digo eu. Outro aspeto que me intriga é constatar que há blogs que recorrentemente estão nos “destaques”. Alguém me explica porquê?

Confesso que gostaria de perceber mais deste mundo virtual e de como tornar um blog mais interessante e atrativo: com mais visualizações, mais críticas (boas ou não) e sugestões de temas e/ou assuntos. Em suma: ter mais feed-back dos leitores. Só assim se percebe se vale a pena ou não continuar.

P.S. Pessoalmente, não deveria queixar-me pois já vi reconhecidos alguns dos meus “escritos” - o que agradeço muito.

 

Restaurante Alentejo (em Moreanes)

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 Como alguém disse: “mais uma incursão gastronómica” num domingo fora de casa. Desta forma evito as rotinas culinárias, passeio no campo e (re)visito lugares carregados de sentido – as aldeias.

 Sempre achei que os pequenos povoados têm (geralmente) mais vida social durante o fim-de-semana do que a vila (sede de concelho); as relações interpessoais ganham contornos familiares; o espírito de vizinhança e de entreajuda é, normalmente, mais forte e mais efetivo nas aldeias. Há uma maior proximidade à natureza e as gentes são simples no trato e no modo de estar. E isso agrada-me. Por esses motivos (e não só) procuro nas aldeias (com alguma frequência) espaços onde comer e conviver.

 Ontem, foi a vez do restaurante Alentejo (em Moreanes). Um espaço de ambiente geral acolhedor (com lareira) onde se serve comida tradicional alentejana de qualidade; o atendimento, feito pelo Sr. Cesário, tem sempre uma nota de humor descontraído.

 No cardápio (variado) os pratos do dia aliciaram-me. Escolhi o cozido de grão (um dos meus pratos favoritos): rico de carnes e aromatizado com hortelã, acompanhado de sopas de pão abundantes em caldo do dito. Delicioso. Recomendo aos apreciadores. Para terminar: uma delícia de mel e noz.

 Depois desta refeição calórica, um passeio pelos campos envolventes – cerro do Guizo e Ermida de Nª Sra. Do Amparo. Uma forma simples e descontraída de preparar a nova semana de trabalho.

 

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