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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Simpatia no atendimento… o ingrediente que faltou(a)

 

 O Algarve no seu melhor: primavera, com cheirinho a verão, pouca gente, praia com areal semideserto e o sabor intenso do “polvo panado com arroz de feijão” no restaurante Casa do Polvo - Tasquinha (em Santa Luzia). Assim foi, ontem.

 Confesso que, há algum tempo, a Tasquinha constava da lista dos “nomeados” para um destaque na rota dos sabores do blogue. E foi isso que aconteceu à chegada, na esplanada solarenga do mediático restaurante de Santa Luzia. O ambiente agradável à vista, a temperatura amena, o apetite, tudo conjugado para o início de uma refeição desejada (com rabiscos e fotos da praxe).

 Porém, a ideia desvaneceu-se. Logo, ali, à partida, no atendimento. À pergunta: “Há bruschetta de muxama de atum?” Uma resposta rude saiu disparada: “Não temos!” Insisti, enquanto tentava (não sei porquê) argumentar o motivo da minha questão: “Desculpe, mas pareceu-me que…”. Sem ter tempo para acabar a frase, voltei a ouvir: “Não temos, já lhe disse!”. Ainda assim ripostei: “Desculpe, pensei… ok!” Sem tempo para uma justificação, simples que fosse, fui intercetada por uma resposta “grosseira” e “sem modos” do tipo: “Não me chateeis!”

 O que acabara de ouvir transtornou-me por completo. Tive vontade de sair e procurar lugar no restaurante do lado, mais modesto, mas com maior simpatia no atendimento ao cliente, presumo.

 No final, manifestei o meu desagrado face à situação. Apesar da relutância na aceitação do sucedido, lá ouvi um “lamento” e um pedido de desculpas pois a referida senhora “estava estressada”.

 Sai dali a pensar: como um “simples” atendimento pode deitar tudo a perder… e transformar um momento de prazer numa irritação completa.

 Lamento que os “galardões”, os recortes de imprensa e as fotos com “vip´s”, orgulhosamente expostos na parede, se diluam no péssimo atendimento de uma senhora maldisposta. Ou antes: será este o tipo de atendimento que a famosa tasquinha reserva aos clientes menos assíduos? Quero crer que não.

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Nota: apesar do episódio desagradável, continuo a recomendar a Tasquinha para os apreciadores de polvo (e não só).

 

Custa muito dizer: bom dia?

 Atendendo ao que constato, com frequência, no dia-a-dia, a resposta é sim. Custa. Para algumas pessoas, claro.

 Quantas vezes nos cruzamos com alguém num elevador, num WC público ou, até, no nosso local de trabalho e o nosso bom dia não obtém resposta do outro lado? A sensação de estar a fazer figura de parva(o) é tamanha que acabo constrangida e sem saber o que fazer perante a “mudez” alheia.

 Contudo, apraz-me dizer que sou de uma geração em que o cumprimento social era sinónimo de educação, pelo que não consigo conviver, de forma cordial, com pessoas destituídas das regras básicas do convívio social. Aliás, confesso, até, que me alteram, por completo, o sistema nervoso, a ponto de me apetecer ser sarcástica e dizer: não se iniba de dizer bom dia (ou boa noite), faz favor, obrigado(a) que não paga imposto por isso.

 Infelizmente, estas situações são cada vez mais frequentes, e usuais nos mais diversos meios. Se em ambiente mais privado, diga-se, a situação é desagradável, a mesma agrava-se quando acontece em locais ditos de atendimento público. Nesse caso apetece dar meia volta e sair.

Pelas ruelas de Monchique...

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 Um dia de sol preguiçoso. De vez em quando uma pequena nuvem dissipa a luz, que inunda de brilho a serra, mas nada apaga a tranquilidade que sinto, durante a travessia dos cumes e vales.

 Depois de uma paragem (junto a Alferce), para almoçar, prossigo viagem. Pouco tempo depois, lá em baixo, no silêncio do vale, a pequena vila de Monchique acolhe-me na tarde calma. Gosto da paz nas ruas e do verde das hortas junto ao casario. Dois mundos distintos em comunhão: o urbano e o rural.

 Calcorreio as ruelas estreitas do centro histórico e recrio mentalmente a história local… nada se compara ao passado, vivo e agitado, pleno de Vida. Hoje, em cada fachada, em cada janela fechada, as ausências forçadas (ou não) impõem-se. Há uma surdez social que me afeta. É bom e é mau, o que sinto: por um lado o sossego, por outro a nostalgia provocada pela desertificação humana evidente; um lastro de solidão da cultura diluída no tempo…

 

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Recomponho-me (das emoções) e sigo em direção às hortas circundantes.

 Recurvado sobre a terra, um idoso vai lançando pequenas sementes nos sulcos escavados pela enxada,  vagarosamente, com todo o tempo que o tempo lhe dá. Um quadro (sempre) atual do Amor à Terra (e aos seus frutos), que tanto aprecio. Debruçada, sobre o velho muro de pedra que ladeia a horta, ali permaneço durante algum tempo… a imagem, bucólica, transporta-me para outros quadros retidos na memória.

 Um pouco mais abaixo, na praça central da vila, a estatuária de rua retém-me por breves instantes. Depois de apreciar a interessante homenagem a um médico reconhecido, caminho mais um pouco até à paragem seguinte: uma loja de produtos tradicionais. Ali me detenho provando mel e a famosa melosa – bebida à base de aguardente de medronho, mel e canela. Gulosa, diria antes! Saio com mais uns frascos de mel (que muito aprecio) e uma garrafa de licor de limão (delicioso).

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 A luz ténue do anoitecer recorda-me que são horas de recolher ao hotel, antes de voltar a sair para o jantar (atempadamente reservado) no restaurante A Charrete.

 

Nota: o restaurante “A Charrete”, em pleno centro histórico da vila de Monchique, tem à disposição dos clientes um cardápio rico e variado e uma sala de refeições acolhedora e decorada a preceito, com objetos antigos, como se de uma velha mercearia se tratasse. O atendimento simpático e atencioso e os pratos (tradicionais e não só) à disposição, tornam-no uma referência na vila. Recomendável para quem visite a zona.

Já não há pachorra!

 

 Ligo o rádio pela manhã, bem cedinho, e as notícias são sempre as mesmas: “instaurado processo de inquérito para averiguar situação do banco K (...)”, “entidade reguladora W vai analisar caso de (…)”, “inspetor X vai ser sujeito a inquérito (…)”, “fugiu ao fisco no ano Y (…)”, “comissão parlamentar vai analisar o desvio de milhões para empresa Z (…)”, etc. ,etc. Afinal vivemos em Portugal ou num país inventado?

 Qualquer cidadão, por mais distraído que ande, não consegue alhear-se do caldeirão de dúvidas e de casos dúbios que fervilha no mundo político e financeiro. A cada dia que passa, a mixórdia aumenta e acentua-se o fosso entre os “grandes” da política e do mundo financeiro e os “parentes pobres” do mesmo - os trabalhadores.

 Esquecendo (por instantes) os bombardeamentos da política pouco transparente, eis a realidade de um “parente pobre” : não tem cartão de crédito e/ou débito, para pagar almoços aos seus homólogos; não dispõe de carro de serviço e (frequentemente) de motorista; não usufrui de quaisquer mordomias e/ou regalias, a não ser o magro vencimento a que tem direito (por enquanto); não tem telemóvel nem plafond para a fatura do mesmo; não tem isto, não dispõe daquilo…

 De facto, quando olhamos para a Administração Pública (e seus funcionários) as diferenças saltam à vista: no salário, no horário, nas regalias, até no grau de responsabilidade social, entre outras discrepâncias.

 É esta realidade e este fosso que revoltam e contribuem (cada vez mais) para o descrédito e ceticismo instalado. Até quando?

 

 

 

Na "rota dos sabores" 14

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 Mais uma incursão gastronómica de domingo. Hoje no “Luar da Foia”, um restaurante nas encostas da serra de Monchique (a caminho do Alto da Foia).

 Dizem que o ar da serra abre o apetite! Completamente de acordo. Depois de um passeio até à Foia (e uma incursão pelas lojas de artesanato e produtos regionais na vila de Monchique) o apetite para almoço era significativo.

 Decido almoçar junto à vila, no “Luar da Foia”. O espaço, com uma varanda panorâmica, agradou desde logo. A paisagem a perder de vista e as opções do cardápio (apelativo) convencem à partida.

 Do extenso menu, a entrada de “cogumelos salteados em mel e vinho do Porto” saltou à vista. Ótimos. Um misto de sabores que conjuga na perfeição. O prato principal: “couve à Monchique”. Fiquei rendida ao sabor excelente de um dos pratos tradicionais da região. Escusado será dizer que fiquei satisfeita com as escolhas - mas um pouco “empanturrada”, claro. Nada grave, tendo em atenção a vigorosa caminhada agendada para o final da tarde...

 Seja como for, este sítio e este almoço convenceram “todos os sentidos”… daí a sua inclusão nesta rota dos sabores.

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No Hotel Rural (do Lousal)

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 Para além de outras construções da época, o Hotel Rural Santa Bárbara dos Mineiros merece destaque no centro da antiga aldeia mineira do Lousal. O hotel - que dispõe de dez quartos e uma suite - resultou da remodelação da antiga residência do administrador da mina, Frédéric Vérge. Apesar das alterações efetuadas, a traça antiga do edifício mantém-se. A decoração, bem conseguida, exibe alguns objetos ilustrativos da época e da história da mina.

 Nos quartos, climatizados (todos com TV e Wi-Fi), o conforto apela ao dolce far niente. Nas casas-de-banho, a prevalência do mármore confere-lhes o requinte pretendido. No Hall de entrada, a grande escadaria de madeira maciça, lembra aos tempos áureos do antigo “palácio”.

 É caso para dizer: todos os espaços dignificam a história do lugar.

 À noite, na varanda do quarto, as noites estreladas convidam à descoberta de outros mundos… como o mundo da fantasia que a descontração proporciona. E pela manhã, o pequeno-almoço rico e variado não deixa margem para dúvidas: o preço justifica a estadia.

 

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NOTA: a uma hora de Lisboa, com ótimos acessos para quem vai do sul (ou do norte), o Lousal proporciona várias opções para ocupação do tempo livre: passeios (a pé e/ou de bicicleta), visita à barragem (e campos envolventes), visita ao museu mineiro e ao Centro de Ciência Viva, etc.

E o "dia do homem"?

 Para onde quer que me vire a palavra de ordem é sempre a mesma: Mulher. Normal, ou não fosse hoje o dia “delas”. Nos jornais, na rádio, na TV… até na mesa de café. De todas a alusões ao dia que hoje se comemora, duas mereceram a minha atenção. A primeira, escrita, na revista Notícias Magazine, em que um leitor diz: “O homem deve respeitar a mulher sem deixar de ser homem. A mulher deve respeitar o homem sem deixar de ser feminina.” Interessante opinião. A segunda, proferida por um homem (que vive num Lar de Idosos): “Não admito discriminação!” Depois de o questionar sobre tamanha indignação respondeu-me que no lar comemoravam o dia da mulher, pelo que haveria duas mesas para o almoço e que uma delas teria direito a “toalha branca” e outras “mordomias”. O dito homem, sentindo-se discriminado, saiu porta fora do lar, dizendo que ali não almoçava.

 Pergunto: estarão corretos (os referidos homens)? A resposta será, obviamente, diferente de acordo com os princípios de cada um. Pessoalmente, considero que quem não quer ser discriminado, não deve discriminar. E, assim, quer um quer outro terão razão. Porque quem se sente livre, na verdadeira aceção do seu género e condição, nunca virá reclamar quaisquer direitos. É verdade que existem mulheres que nem o são consideradas como tal, mas sim como meras “coisas”, outras cuja voz é silenciada durante uma vida (ou para sempre), etc., mas não podemos esquecer que há, também, homens nestas circunstâncias. A violência doméstica também existe no masculino. Apenas os tabus sociais impedem que essas situações sejam desmascaradas. Julgo. E não se pense que violência significa apenas agressão física. A violência psicológica acarreta, igualmente, problemas graves.

 Precisamos de acabar com os sentimentos de culpa e de inferioridade. Quem se assume na íntegra, mais tarde ou mais cedo, será ressarcido da sua atitude. Qualquer mulher deverá pensar como pessoa e não como ser do sexo feminino. Daí, o primeiro homem ter razão e o segundo também. Pois, tal como as mulheres, os homens sofrem de discriminação.

 Finalmente: porque não existe um dia do homem? Alguém já questionou?

Um ano depois (o balanço)

 Desafiar o silêncio (do momento), soltar as palavras. Foi isso que aconteceu no dia 3 de março de 2014, na esplanada do Centro Náutico de Monsaraz - um local aprazível, à beira do grande lago de Alqueva.

 Imbuída na beleza da paisagem deixei-me levar pelo encantamento… e a vontade de escrevinhar surgiu, como sempre, naturalmente.

 Sem dar conta, a magia da contemplação transportou-me para outros mundos. Sonhei, criei cenários, teci enredos… e a ideia da criação deste blogue surgiu.

 Um caminho curto (de um ano, apenas), pleno de descobertas e aprendizagem constantes, mas, ainda assim, um percurso que se tem revelado interessante e estimulante.

 Continuar é a palavra de ordem. Com mais ou menos conteúdo, mais ou menos regularidade na atualização, com mais ou menos seguidores e/ou subscritores, com mais ou menos destaques, o que importa é partilhar vivências, emoções e sentimentos. Despir as palavras de preconceitos e/ou pré-conceitos. Deambular no mundo maravilhoso da “escrita” com paixão e autenticidade. Sempre na perspetiva de me surpreender a mim mesma e, se possível, ser útil aos outros.

 

 

Nota: uma palavra de agradecimento à equipa SAPO Blogs pelos posts reconhecidos nos Destaques

Um viagem ao "mundo mineiro"

 

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 “Depois da saída da A2 vira à esquerda, não esqueças!” Esta e outras indicações acompanharam-me durante todo o percurso até ao Lousal. Um itinerário relativamente fácil mas, ainda assim, com alguns enganos, voltas e reviravoltas pelo meio. Tudo culpa da EP (e não só) que deveria ter mais atenção à sinalética.

 Embora ligeiramente atrasada, eis-me chegada ao Centro de Ciência Viva do Lousal - um espaço dinâmico e interativo, onde a Ciência e a História se cruzam – para participar no IX Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve.

 Naquele dia (como na primeira vez) a antiga aldeia mineira cativou-me desde logo. Pela envolvente, pelos espaços renovados e reabilitados e, sobretudo, pela tranquilidade que ali se vive. Um lugar com História, agora silencioso, mas cuja ambiência nos transporta para o bulício de outrora.

 No CCV do Lousal a ciência, o ambiente e o Homem interagem numa rede de relações em equilíbrio perfeito. Um exemplo vivo da interação entre o empreendedorismo e a vontade política para transformar as minas abandonadas em verdadeiros laboratórios.

 Das exposições ao museu mineiro, das lagoas à mina, dos campos envolventes à aldeia mineira em si, o programa de atividades é rico e diversificado. Todas as ações/atividades disponíveis, planificadas com base binómio Mina-Ambiente, têm como objetivo o aproveitamento e recuperação do espaço da antiga exploração mineira.

 Vale a pena a visita, com alunos ou em família. Com mais ou menos tempo, o vasto programa à disposição de jovens e adultos prima pela qualidade.`

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Nota: A pouco mais de uma hora de Lisboa, o acesso ao CCV do Lousal, para quem esteja interessado, também pode ser feito por comboio. 

 

Mapa  de localização:

https://www.google.pt/maps/place/Mina+de+Ci%C3%AAncia+-+Centro+de+Ci%C3%AAncia+Viva+do+Lousal/@38.035703,-8.425886,8z/data=!4m2!3m1!1s0xd1a35beb7ae612f:0xf75b9f872708845b

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Onde anda o Tempo?

 Não o tempo da meteorologia, mas o tempo da nossa vida, o tempo humano como gosto de lhe chamar. Anda aceleradíssimo! Ou serei eu que não sei gerir o dito (hoje em dia) e sinto-me atafulhada em afazeres múltiplos?

 Acordo todos os dias mais cedo (quinze minutos) do que sempre foi habitual. Não porque leve mais tempo nos preparos da manhã, mas porque sinto necessidade de sair calmamente de casa, tomar um café no “bairro” e chegar à escola descontraída e sem stresse.

 O pior começa, normalmente, depois das onze da manhã: os intervalos entre as aulas não chegam para terminar tarefas adiadas e ou intermináveis e, por essa altura, a paciência começa a faltar e a vontade de tirar férias a toda a hora instala-se. E penso: deve ser da idade! Ou não. Reconsidero. O ritmo alucinante da sociedade em que vivemos deixa-me zonza e, com tantas solicitações (reais e virtuais), há falta de tempo para disfrutar em pleno a Vida. Vive-se superficialmente tudo! Porque corremos de um lado para o outro para cumprir obrigações, porque queremos estar em todo o lado e não estamos em lado nenhum, porque somos bombardeados para dar resposta a mil e um assunto e, se não conseguirmos, somos literalmente aniquilados. Socialmente, claro. Ora, verdade seja dita, ninguém consegue viver em plenitude a Vida neste frenesim completo. Antes diria: passamos superficialmente pela vida! Vamos adiando milhentas coisas e de repente: a velhice espreita, acena-nos e nós, resignados (ou não), pensamos: já? Tão depressa? E feitas as contas descobrimos que afinal não vivemos, mas antes sobrevivemos.

 É isto que queremos? Não. Decididamente que não. Mas como alterar o sentido do ponteiro do Tempo? Não há fórmulas mágicas. O segredo está em nós. Somos nós que escolhemos o caminho. Mal ou bem, certo ou errado - aos olhos do mundo, importa apenas o Eu autêntico. Aquilo que, efetivamente, só se alcança em Paz e Tranquilidade - connosco e com os outros.