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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Mértola está (mesmo) "na moda"

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 No beco virado ao rio, um grupo de turistas aprecia a paisagem. Enquanto se deslumbram, vão tecendo comentários; entre uma palavra e outra (que escuto sem querer) consigo perceber que uma visita ao castelo faz parte do périplo. Como este grupo, dezenas de outros visitantes optaram por Mértola, como destino de fim-de-semana ou, simplesmente, como local de passagem a caminho do Algarve.

 O calor que se fez sentir nos últimos dias não impediu que calcorreassem as ruelas do centro histórico, para conhecer um pouco mais da vila museu. E com isso, Mértola ganhou vida. É certo que grande parte dos visitantes esteve apenas de passagem; outros, porém, permaneceram por mais tempo (uma ou duas noites - de acordo com a disponibilidade financeira) aproveitando para descansar nas excelentes unidades hoteleiras à disposição - disfrutando do conforto e qualidade das mesmas, numa envolvência natural única.

 Não há dúvida: o turismo em Portugal está em fase ascendente. Mértola é um exemplo disso. Começa a ser comum: ouvir falar línguas estrangeiras nos diversos espaços públicos e ver um fotógrafo em cada esquina.

Definitivamente: “Mértola está na moda!”

 

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Coisas de signos

 “Você só pode ser Leão!” Essa determinação e esse “autoconvencimento” só mesmo de um Leão. “Porque diz isso?” Intuição, simplesmente! Ou melhor, sensibilidade para o assunto. Coisas de signos - acrescentei.

 Foi assim, numa breve e informal conversa sobre signos e personalidade. Um assunto que, não sei bem porquê, me provoca alguma curiosidade.

 Tal como eu, outras pessoas têm este hábito:  julgar determinados comportamentos alheios, em função da influência astral. Manias? Julgo que não. Talvez sensibilidade e gosto pelo tema.

 Dado que os astros exercem atração gravítica sobre outros corpos celestes vizinhos, outros planetas do nosso sistema solar exercerão, também, influência quer sobre a Terra, quer sobre os seres vivos que habitam o nosso planeta – veja-se o exemplo do sistema Terra-Lua: a atração gravitacional entre os dois planetas tem como consequência imediata, por exemplo, o fenómeno das marés. Nesta lógica de ideias, é provável a influência astral, sobre a nossa personalidade, de acordo com o movimento e posição dos planetas no momento do nosso nascimento (e não só).

 Uma coisa parece fazer sentido: em regra, as pessoas nascidas sob a influência dos mesmos astros (no mesmo ano, no mesmo mês/dia) denunciam caraterísticas da personalidade, semelhantes - e nalguns casos idênticas, diria. Coincidências? Não sei! Talvez.

 No que ao assunto diz respeito, e dado não se tratar de uma análise técnica, limito-me a opinar e a referenciar casos entre a família e os amigos mais chegados. Não hesito, por isso, em considerar que os “signos” (como lhe chamamos) são, no todo, um conjunto de virtudes e desvirtudes (mais comuns), representativas de determinadas pessoas e que poderão (ou não) resultar de influência astral.

Será? O que dizem os astros sobre si? Já pensou?

 

Desligar do mundo...

 Ter tempo no tempo, começa a ser um verdadeiro luxo. Sim, porque a tranquilidade nos nossos dias é um luxo. Vivemos num frenesim, numa agitação que acarreta ansiedade e stress que, segundo os investigadores, aumenta o risco de doença cardíaca. Aliás, há quem diga que a sobrecarga de trabalho pode vir a ser o “novo tabaco”, provocando consequências graves no organismo, em tudo semelhantes às causadas pelos cigarros.

 Há quem, mesmo em férias, não consiga desligar-se do trabalho e/ou de outras tarefas não menos stressantes, como por exemplo ver e-mails diariamente e várias vezes por dia. Estas atitudes não permitem relaxar nas férias e causam “agitação” constante.

 Como diz Pico Iyer[1]: “Ficar longe da agitação do mundo, respirar e fazer uma pausa, sem necessariamente meditar ou fazer yoga… hoje em dia, é o supremo luxo.”

 Por isso, parar e fazer uma pausa é importante para manter o equilíbrio emocional e o bem-estar do cérebro. Não é por acaso que muitas pessoas desligam de imediato quando saem do local de trabalho e/ou quando chega a sexta-feira; também o faço desde há algum tempo. Só assim readquiro o equilíbrio mental e físico desejado. De outra forma, para além de contribuirmos para o aumento das doenças do foro psiquiátrico, delapidamos a nossa própria saúde.

 Iyer em razão: “Ter uma casa no campo é um luxo, mas mais importante, hoje, é ter uma casa de campo no tempo” porque, hoje, “o tempo domina-nos bem mais do que o espaço”.

 Pare! Nem que seja para ouvir um CD (de música relaxante), sentar-se num parque e nada pensar (a não ser olhar em redor), escutar o silêncio da noite… Em suma: desligar do mundo, de tempos a tempos.

 

[1] Escritor de origem indiana autor da obra: “The Art of Stillness” (A Arte da Tranquilidade).

Na "rota dos sabores" 17

 

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 Comer na costa vicentina começa a ser viciante. O vasto leque de restaurantes de ótima qualidade é uma tentação para os apreciadores da boa comida. As hipóteses de cometer o pecado da gula são imensas. Dirijo-me, essencialmente, a todos aqueles que, como eu, se deliciam com um bom peixe grelhado e marisco fresco. Para não me repetir e mencionar as famosas cataplanas de peixe e marisco que por estas bandas são verdadeiros manjares dos deuses.

 Em Aljezur - um lugar onde o campo e a praia se cruzam, num ambiente tranquilo e descontraído - há referências gastronómicas dignas de registo. Sobre algumas já falei em tempos: o Gulli (na EN 120 – Sítio da Fonte de Sta. Susana, Aljezur) e O Paulo (na praia da Arrifana). Este ano, para além dos já mencionados, experimentei o Pont´A Pé (junto ao mercado de Aljezur). Um restaurante de referência, com um menu variado, e que cativa pelo ambiente descontraído, familiar e simpático.

 Uma opção que culminou num excelente jantar - que recomendo:

 De entrada, um “lingueirão á bolhão pato” que aguçou o apetite para o prato principal: “salmonetes grelhados” acompanhados de legumes e batata-doce cozidos. Para finalizar, um misto de sobremesas da casa: pudim de batata-doce, torta de batata-doce e delícia algarvia; uma bomba calórica irresistível.

 Por fim, uma cortesia da casa: um licor caseiro - que acompanhou o café.

 Depois de uma refeição abastada, um passeio pelo centro histórico para apreciar a paisagem noturna - a partir do castelo - e ajudar à digestão.

 

Nota: a frescura e o tempero dos alimentos deixaram-me com vontade de repetir. Recomenda-se.

 

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Pensamento viajante

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Do cimo da duna

Um sopro de luz avisto,

Visão mágica, que me transporta para lá do momento.

 

Devaneio de sonhos vividos, sentidos,

Perdidos, de vontades ocultas.

Uma ausência na presença, um querer e não sentir,

Luz fugaz no inverno dos meus dias.

 

Do cimo da duna,

Um sopro de magia

Agita o pensamento viajante do meu Ser.

 

E no crepúsculo do momento,

Entre um ir e um voltar,

Sinto a primavera renascer.