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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

“O caminho faz-se caminhando”

Às vezes caminhamos, outras vezes tropeçamos. Se há pedras no caminho, só temos que saber contorná-las e acreditar que há (sempre) um amanhã melhor. Acreditar é sonhar. Porque sem Sonho a Vida não existe, existe sobrevivência.

Enquanto caminho, medito. Leio o pensamento. Ler só por ler, sem julgar antecipadamente e/ou inutilmente. É assim que prefiro caminhar. Sem pressas, sem devaneios, sem rumo. Só eu e o tempo que o Tempo me dá. Caminhando e observando o mundo, sem juízos de valor. Desse modo estou bem comigo e com o universo. Num estado de energia plena e de bem-estar, sem pensar no passado e/ou projetar o futuro. Diria antes: estou Zen - um estado que me permite ” beber um café comigo mesma”.

 

Mar (de serenidade)

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Desembarco do pensamento

Antes da noite que o devaneia

Longe das águas e do vento

Gravo o nome na areia.

 

Na praia onde me acosto

Não há sombras não há gente

Só uma lua de agosto

Tem magia certamente.

 

Durante a noite encantada

Só o pássaro gorjeia

E na enseada protegida da nortada

Avisto malícia no olhar da Cassiopeia.

 

Sinto o corpo estremecer

E a mente em tranquilidade

O coração a bater

Num mar de serenidade.

 

 

Estrela da tarde

Procuro-te na luz do crepúsculo
Nos recantos do pensamento
Não te vejo não te toco não te encontro no firmamento.

 

Onde andas estrela de mil cores
Sol do meu encantamento?

 

Choram-me os olhos quando te vejo
Tremem-me os braços quando te alcanço
Vacilante no ensejo
Mas ditosa no olhar.

(Na Magia) Do Momento

Há lugares mágicos. Lugares despojados de tempo e de espaço. Lugares onde a Vida acontece. Já percorri muitos lugares, já vivenciei muitos espaços, mas só alguns tiveram o desígnio de me tocar a alma. Num destes dias, encontrei um desses lugares imbuído de magia. Um lugar onde contemplar o nada cheio de tudo é Muito. Ali, entranhados no momento, damos conta que a Felicidade existe e está patente nos pequenos detalhes: num olhar, numa palavra, num gesto, num nada fazer. Lugares onde instantes, fugazes e únicos, marcam. Não importa o passado, não interessa o futuro, só o Momento conta e é belo. Apetece estar ali. Permanecer ali é estar no Agora. Sabe bem (re)viver um estado inebriante, é como se não existe amanhã. Até que a razão nos acorde da letargia da memória e nos conduza, novamente, pelos vazios do tempo e da alma.

 

 

Nota: (Lisboa – apesar do bulício - tem lugares destes. Basta estar emocionalmente disponível para os encontrar).