Férias (sem relógio)
Deixar de ter horário e nem olhar para o relógio, é neste registo que me considero em férias. Claro que não incluo neste grupo os casais com filhos pequenos. Esses, queiram ou não, dependem do ritmo biológico da pequenada e, caso estejam na praia, da quantidade de raios ultravioletas que atingem o areal. Neste caso incluo-me também, pois não costumo torrar sob o sol abrasador do meio-dia.
Gosto da sensação de acordar somente quando o corpo me pede ou o estômago dá sinal. Depois, um pequeno-almoço avantajado e diversificado para ganhar energias até mais tarde, seguido do café da manhã numa esplanada tranquila – já que a essa hora os “dependentes” de horários estão na praia. Com o silêncio próprio do final da manhã, a leitura do jornal (revista ou livro) transforma-se num momento de absoluto prazer.
Para além disso, o verão proporciona um encanto especial a tudo. O prazer das pequenas coisas aumenta: um petisco na esplanada à beira-mar, um pôr-do-sol na praia, uma bebida no terraço da casa, uma caminhada pela natureza… coisas simples, que ganham outra dimensão.
Depois, sem tarefas domésticas a martirizar o espírito, os dias são de uma serenidade perfeita. Em férias o tempo é de entrega ao ritmo biológico… e isso relaxa! A descontração e a tranquilidade fazem milagres - pelo nosso corpo e pela nossa mente. Tudo parece correr às mil-maravilhas, até as relações mais conflituosas: nas férias há mais momentos a dois e mais tempo para dar atenção ao outro. Digo eu.
Praia da Amoreira, Aljezur
Azenhas do Guadiana, Mértola
Biarritz
NOTA: as fotas reportam a locais onde passei férias (sem relógio).