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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Nas cercanias da Serra...

Duas da manhã. Não consigo dormir! A mudança horária transtorna-me. Sempre foi assim. Aproveito a vigília e “viajo” nas memórias…

Dou comigo a “chegar” a Linhares da Beira. Aldeia histórica, situada na vertente nordeste da Serra da Estrela.

A serra novamente! Não consigo explicar a minha paixão pelas serras (ou talvez consiga). Há magia nas serras!

Deixo-me levar pelo encanto e disfruto…

Cheguei a Linhares da Beira no princípio de uma tarde de verão. O que me permitiu disfrutar ao máximo da pequena vila (sede de freguesia, concelho de Celorico da Beira, distrito da Guarda). A chegada ao hotel selecionado, sempre rodeada de grande espectativa, deu lugar a um entusiasmo e uma vontade imensa de partir à descoberta…

 

 

Começo o périplo. Percorro as ruas quase a saltitar. Detenho-me nos detalhes. Uma janela manuelina prende-me a atenção. Capto a imagem e continuo. Outra mais à frente, e outra… A riqueza arquitetónica deslumbra-me. Fixo o olhar numa pequena habitação (quase toda de pedra). Um grande bloco granítico suporta os seus alicerces. Imagino o interior.

Gosto de conhecer novos lugares! Desvendar histórias milenares, perder-me na descoberta. Às vezes questiono, outras nem por isso. Porque o encanto da descoberta reside na surpresa a cada esquina…

Continuo e procuro o centro histórico. Procuro (sempre) os centros históricos nos locais por onde passo. Ali reside toda (ou parte) da história das gentes.

Em Linhares, particularmente, seduzem-me os grandes blocos de rocha, qual “caos de blocos”, soltos (alguns), outros contíguos às casas ou delas fazendo parte integrante.

 

Janela Manuelina

 

 Janela Manuelina na Rua do Passadiço

 

Ando mais um pouco até chegar à obra-mestra da arquitetura local: o castelo. Entro, subo até à muralha e dali perco-me na imensidão da paisagem. Embalada pelo vento, deixo-me levar pela imaginação… é prazer o que sinto! Prazer de contemplar o infinito.

 

Castelo de Linhares

Retomo a caminhada. Desta vez em direção ao sul da vila. Saio da área urbana e percorro um caminho agrícola. Entre os castanheiros frondosos, do lado de lá de uma vedação, ouço o balir de um rebanho. O som, familiar, recorda-me vivências na quinta onde nasci. Por momentos a nostalgia invade-me. Não deixo, pois o momento é de prazer. No caminho vou encontrando um ou outro agricultor de enxada ao ombro. Colho flores, cheiro frutos, respiro fundo o ar fresco da montanha… Presenteio-me com o que de melhor a natureza tem. E é por isto (e muito mais) que aprecio as serras.

Regresso. É tempo de usufruir dos aposentos do hotel (renovado).

Mais tarde, tenho encontro marcado para jantar no melhor (em minha opinião) restaurante da vila: o Cova da Loba. Numa cave, escavada na rocha, encontrei um ambiente pleno de conforto, modernidade, glamour e muita, muita, criatividade do Chef de serviço. Recomendo.

 

Rua em Linhares

 

Hotel do Inatel Linhares da Beira (detalhe do jardim)

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