(Ode) ao pescador
O que vejo para além deste rio e para além destas águas?
Escarpas agrestes, esculpidas da Terra
Entes de alma, gritos perdidos na imensidão da noite.
Corpos cansados, de angústia feitos, remando lá vão
Sob o céu trovejante, clamando o pão, vidas perdidas e gastas no tempo.
Leva-me contigo, pescador!
E sobre as águas calmas da tarde, deixa-me ir beijando a natureza... até onde a vida me quiser.