“Preciso de férias!”
Provavelmente, a frase mais proferida nas últimas semanas. Uma espécie de escape mental para atenuar o cansaço, após um ano de esforços múltiplos: profissionais, financeiros, familiares, de saúde e, nalguns casos, afetivos. Sim, porque tentar ser Feliz dá trabalho e cansa. Um esforço constante, frequentemente inglório, que obriga a “manobras” muitas vezes difíceis.
Embora a palavra férias implique uma pausa na profissão, a mesma nem sempre significa descontração, relax, espírito de aventura e/ou momentos agradáveis e de pleno repouso.
Há compromissos - familiares, por exemplo - inadiáveis. Para esses temos que estar mentalmente preparados e encontrar formas de ultrapassar o stresse que possam provocar. Estou a lembrar-me, por exemplo, dos casais com filhos menores: neste caso é bom perceber que se trata de uma fase (boa) e pensar que também já fomos filhos. Disfrutar é a palavra de ordem.
Outros, cuja disponibilidade individual o permite, desejariam sair do contexto habitual e não podem fazê-lo, por razões alheias à sua vontade. Neste caso a estratégia é alterar rotinas, inovar e aproveitar ao máximo as coisas simples da vida: fazer caminhadas, observar a natureza, treinar a fotografia, fazer um curso on-line, promover almoços/jantares de convívio (em casa de amigos ou familiares), ir a uma biblioteca, etc. Coisas (simples) que podem fazer a diferença.
“Tretas”, dirão alguns de vós. Talvez, dependendo da perspetiva. De uma coisa tenho a certeza: martirizarmo-nos com pensamentos negativos não ajuda em nada, só piora a situação.
Saber viver cada momento como se fosse único, é meio caminho para ser feliz. Viver o Agora é a chave do sucesso – com mais ou menos recursos.