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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

(N)outro Algarve

A pequena vila continua calma e tranquila. Como sempre. Erguida na encosta, entre o mar e o rio, a pitoresca vila de Ferragudo continua fiel a si mesma: um ambiente descontraído, quando os dias se alongam e o sol aquece. Longe das multidões, ali se consegue alcançar a harmonia entre o corpo, a mente e a alma. Uma comunhão que permite relaxar da vida mundana e dos ritmos frenéticos do quotidiano. Gosto de estar na praça a ler ou simplesmente a observar... Com tempo para viver o presente, porque a Vida está no Agora.

 

 

Recomendações: para estadia, o Aguahotels Riverside (um hotel com SPA, com excelente relação qualidade/preço); para um jantar à beira rio, o Borda do Cais é o restaurante que oferece um ótimo cardápio de peixe fresco, associado a um atendimento simpático e atencioso; e se o tempo o permitir, desfrute dos primeiros mergulhos na praia do Pintadinho, localizada a pouco mais de um quilómetro e meio de distância do centro da vila.

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Por terras da Beira Baixa

Apesar do frio, o dia soalheiro convidava a passear: escolhi a aldeia histórica de Idanha-a-Velha (na Beira Baixa), onde se pode apreciar a estação arqueológica de relevo nacional. Ali se exibe um conjunto de ruínas de fundação romana, muito bem preservado.
O silêncio das ruas evidenciava o despovoamento típico do interior do país. Para além dos cerca de setenta (oitenta?) habitantes, são os turistas que animam os dias e dão algum colorido às ruas. Talvez falte investimento (?), talvez falte apostar mais na vertente turística (?) ou noutras alternativas capazes de dinamizar aquela que já foi, outrora, cidade capital da Civitas Igaeditanorum (séc. I a.C.).

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Na "aldeia mais portuguesa de Portugal"

Vislumbro à distância o perfil do casario. Na encosta, virada a norte, o sol já se escondeu e a sombras invadiram as ruas. No largo, defronte à igreja de São Salvador, as ruas, estreitas, são insuficientes para albergar todos os carros que chegam à aldeia. Hoje, mais uma vez, os turistas vão chegando para ver o pôr-do-sol, a partir do castelo: um momento mágico; um quadro pintado da cor do fogo.
Na íngreme subida, as silhuetas em contraluz, fazem lembrar marionetas suspensas. Outras, de pedra talhada, lembram personagens de um conto qualquer. É esse vaivém, constante, de visitantes, que anima as ruelas e faz esquecer a noite, fria e silenciosa. Antes do anoitecer, aproveita-se o terraço da taberna lusitana, para bebericar uma bebida - de preferência quente, porque o frio assim obriga. Na aldeia de Monsanto, onde Fernando Namora se inspirou para escrever A Noite e a Madrugada, cada bloco de granito conta um pouco da história da Terra. Por isso, mas não só, "a aldeia mais portuguesa de Portugal" merece uma visita.

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Outra vez (n)o barrocal

Em Tavira encontro tudo o que aprecio na cidade: casas antigas, boas esplanadas, boa comida, um património histórico e cultural diversificado e um rio aos pés do casario. Gosto do lado citadino do concelho, mas gosto, ainda mais, do lado (quase) "oculto", o lado natural e da ruralidade - o barrocal. Com o propósito de usufruir da tranquilidade daquela região, hospedei-me na Casa Branca (uma casa de campo, no Sítio do Prego, EN270). Um espaço tranquilo, onde se pode aproveitar o silêncio reinante, para descansar e pôr as leituras em dia. Uma estadia ótima para quem valoriza o lado simples, mas bom da Vida.

(A primavera e o outono são alturas ideais para este tipo de "retiros". Os dias amenos convidam às caminhadas nas redondezas ou a estadias prolongadas no espaço junto à piscina; as noites, mais frescas, apelam a experiências gastronómicas para provar novos sabores na Taberna do Barriga (em Santa Catarina da Fonte do Bispo) ou em Santo Estevão, no restaurante Luís do Prego - onde recomendo o cabrito assado no forno. Sítios diferentes, mas ambos calmos e com excelente comida.)   

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De novo (em) Aljezur

Chego à noitinha, depois do sol se esconder atrás dos montes. A luz fosca, iluminando o casario, confere aos espaços um leve tom dourado - bem ao jeito das mil e uma noites. Sinto magia, neste lado da vila de Aljezur: no centro histórico. Daqui avisto a ribeira e a várzea verdejante e mais além o lado movimentado, o lado de passagem para outros destinos.
Subo e desço ruelas empedradas, desertas e silenciosas, procurando recantos nunca vistos. Ando mais um pouco e desço na viela erma; o forte aroma de comida no ar deixa antever o quadro imaginário (ou real) de um lar de família. Retratos que a mente vai tirando, enquanto passeio por ali.
Depois do breve périplo - que não me canso de repetir, entro na Moagem, um Veggie Bistrô, onde encontro, nas opções do cardápio, uma alquimia de sabores vegetarianos de uma cozinha criativa e muito saborosa. Opto pelo prato dia: fofo veggie no forno com cogumelo portubello e chutney (prato composto por arroz sushi e puré de cenoura e lentilhas); tudo acompanhado por um sumo de melão com aipo e limão. A sobremesa: bolo cru de cenoura e coco. Balanço final: um passeio tranquilo e comida leve e saudável, para um jantar. Recomenda-se.

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No hotel D'Alcoutim

Cheguei, num daqueles dias de inverno em que só apetece "estar em casa", no quentinho, a ler, a ver um filme, a fazer zapping. O dia estava frio, mas o sol dava um brilho especial ao ambiente, tornando tudo ainda mais bonito, e acolhedor, no hotel D' Alcoutim: uma janela virada ao rio Guadiana; um espaço de bom gosto, onde os clientes são recebidos com profissionalismo, e muita simpatia, pelos anfitriões Marta Simões e Luís Palma. Os espaços, para além de confortáveis, apresentam uma decoração moderna, onde a dominância das cores azul e branco, remetem aos tons da náutica envolvente; um ambiente em harmonia com as águas calmas e serenas do rio, onde descansam veleiros de outros mundos.

Para além dos espaços (interiores e exteriores) que o hotel oferece - e que permitem descansar tranquilamente, há mais para usufruir na vila raiana de Alcoutim: caminhadas, visitar o castelo e/ou os monumentos megalíticos do Lavajo (Menires de Lavajo I e Menires de Lavajo II), dar um mergulho na praia fluvial do Pego Fundo, fazer um passeio de barco no rio... etc., etc.

E se a vontade quiser e o desejo apetecer, é só embarcar num dos táxis fluviais, ancorados no cais da vila, e ir até Sanlúcar de Guadiana: a pitoresca vila do outro lado do rio, onde se podem degustar umas tapas e beber "una caña", a contemplar o pôr do sol...

Pelo silêncio, pela paz, pela tranquilidade e pelo pequeno-almoço maravilhoso (cujo cardápio é da responsabilidade da nutricionista Marta Simões), recomenda-se, vivamente, uma estadia neste hotel.

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Portas (da vila)

Dei-me conta, um destes dias, de estar a fotografar portas, na "vila velha" (em Mértola), enquanto caminhava por ali. A variedade de estilos e cores das ditas "aberturas" não me deixou indiferente. Umas mais antigas, outras nem por isso. 

Optei pela fotografia; outros há que preferem transferir o seu olhar para uma aguarela, um desenho a carvão, etc. Seja de que jeito for, com mais ou menos beleza, as portas sempre constituíram um elemento fundamental da estética arquitectónica; uma fronteira entre um domínio público e um domínio privado.

Em simultâneo, e enquanto os olhos observaram, a mente construiu narrativas, que a memória foi ilustrando: o tempo das conversas entre vizinhos, no poial da entrada, nas noites de verão... das mães a espreitar nos postigos, enquanto a criançada brincava às escondidas, nos becos... das velhotas na soleira, à espera de um bom dia... verdadeiras molduras, de quadros cada dia menos realistas; testemunhos de relações sociais saudáveis; resquícios de outra época - a do tempo do convívio ao ar livre (sem redes sociais, nem videojogos). 
Uma miragem, nos tempos atuais, que os mais saudosistas vão recordando...
 

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No mar do SW

Gosto do Tempo sem tempo, aquele que me permite esvaziar o pensamento, quando quero; na hipnose do momento, unicamente o sonho tem permissão para invadir o meu mundo - o meu cantinho, onde só entra quem eu desejo. Ao sabor da vida, e entrelaçados, ficamos, aguardando o arco-íris... E quando um sopro de brisa, leve e suave, me acorda, sei que chegou a hora de mais um mergulho, na água fresca e viva do mar do sudoeste.

Deixar esta praia, este mar, esta costa (e toda a sua envolvente) cria-me angústia antecipada. Não quero. Não vou permitir que a mente se foque no amanhã. Prefiro concentrar-me no que tenho agora: uma quietude de espírito e um relaxamento corporal como há muito não tinha; uma experiência (só) possível na praia onde o tempo esculpiu a mais bela das arribas.

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Outro meu olhar sobre o mar do SW: 

https://youtu.be/ayHyWzJfpP4

 

(Na) Praia do Amado

É nesta praia, entre mergulhos e leitura, que gosto de passar parte das férias, na costa vicentina. Aqui usufruo do verdadeiro, do natural, do (quase) selvagem sudoeste de Portugal: paisagens verdejantes, nos vales entre dunas, e falésias escarpadas, com vista deslumbrante para o mar.
Quando avisto a praia do Amado, lamento (sempre) não saber surfar. Um pensamento vindo a propósito, ou não estivesse na praia do vaivém, constante, das pranchas de surf e bodyboard... E dos terreiros com carrinhas pão-de-forma e caravanas, onde os mais descontraídos pernoitam, para dar tréguas aos corpos cansados, da luta contra o gigante azul de águas frias e revoltas.

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No Monte da Morena... sossego e tranquilidade

Uma manhã de verão (alentejano) atípica: cinzenta e fresca. No Monte da Morena Agroturismo, reinam o sossego e a tranquilidade.

Na hora de subir ao grande alpendre, para mais um pequeno-almoço bem caseiro, a gentileza e a amabilidade da D. Custódia (a governanta de serviço) fazem-nos sentir em casa. Na mesa, o pão e queijo frescos da região, o requeijão com mel, as compotas caseiras... e os famosos "biscoitos de Brinches" - que fazem esquecer qualquer dieta.

Depois, depois é hora de deixar os dias passarem num verdadeiro "nada fazer". Entre um mergulho e outro na piscina, há tempo para ler, escrevinhar ou meditar na relva, quase sempre com o Bréu por companhia - um dos dóceis labradores da casa. 

À tardinha, quando o sol se esconde para lá dos montes, chega o silêncio da noite e com ele as melodias do campo: o pio do mocho, o coaxar da rela, o canto do grilo. Ao luar, sob o olhar das estrelas, é hora de viajar no tempo: aviva-se a memória e deixam-se entrar os sonhos. Tudo isto (e muito mais) no pequeno oásis "a um pulinho" do centro de Serpa - a cidade do Museu do Relógio, onde se podem degustar alguns dos mais típicos pratos da gastronomia alentejana.

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