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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Saladas do "Sem Espinhas"

 Começou o verão!

 Os dias de praia e das longas permanências na esplanada são agora mais frequentes; as refeições, mais leves e menos calóricas, fazem jus às saladas, às sopas frias e ao peixe, muito peixe – tudo em perfeita harmonia com a fruta da época, agora mais diversificada.

 Falar de refeições (fora de casa), numa praia magnífica, obriga-me a falar do Sem Espinhas restaurante ou do Sem Espinhas Natura, ambos na Praia do Cabeço (freguesia de Castro Marim).

 Em ambos os espaços, a seleção e a conjugação dos ingredientes - das iguarias ali servidas - refletem a arte de bem servir (e cozinhar) da marca Sem Espinhas.

 Vale a pena uma refeição (mais leve ou mais calórica) num espaço tranquilo - com o mar no horizonte, onde a cozinha mediterrânica e de fusão fazem parte das delícias gastronómicas da marca.

 

Nota: pessoalmente, adoro as saladas do "Sem espinhas"! Sempre super coloridas e saborosas,a dificuldade reside na escolha. Para os mais gulosos, fica a sugestão - em imagens.

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Cesteiro (na beira da estrada)

 Junto à barragem de Odeleite, ao virar da curva, os cestos e as canastras de cana, pendurados na placa indicadora, denunciam a presença do artesão.

 Decido parar e ir ao seu encontro. O dia está quente: um sol abrasador. Nas redondezas, não se vê ninguém - apenas o velho homem e os seus cestos.

 Pelo rosto, queimado do sol, escorrem gotas de suor. Entre as mãos, calejadas, as tiras de cana, ainda verdes, vão ganhando forma: debaixo do chapéu-de-sol, o cesteiro vai tecendo um cesto, e outro, e tantos quantos a idade deixar.

 Apesar de, na atualidade, esta atividade, não ser o seu principal meio de subsistência, desde jovem que aprendeu a arte da cestaria. E, hoje, quando “a construção civil não dá trabalho”, faz cestos.

 Enquanto fala, as mãos hábeis e fortes, vão puxando e repuxando as tiras de cana.

 Gosta do que faz. Diz com orgulho: “antigamente Odeleite era a terra dos cesteiros”. Todos sabiam “tecer a cana”! Nessa altura, é que “valia a pena” ser cesteiro, pois “ganhava-se dinheiro”. Semanalmente partiam da aldeia dois camiões carregados de cestos - com destino ao comboio de mercadorias, em Vila Real de Stº António.

 Nessa altura, usavam-se cestos para acondicionar quase tudo: o peixe, o marisco, a fruta, os legumes, as hortaliças, etc.

 Pouco falta para terminar o cesto “já vendido” - que servirá para “pôr as prendas de um batizado”, diz o cesteiro da beira da estrada.

Agradeço as “histórias de vida” e parto com mais um cesto - para juntar a outros, que tanto aprecio.

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NOTA: a cestaria, uma “arte” em declínio – como muitas outras – merece, julgo, o apreço de todos. Para além do trabalho que lhe está associado: apanhar as canas e prepará-las, implica, nalguns casos, problemas provocados pelo “pó das canas” e ferimentos (ligeiros) nas mãos.

Neste caso, os cesteiros têm, ainda, que transportar as canas, desde a ribeira até à estrada, o que significa subir uma encosta bastante íngreme. Considerando o preço dos cestos, o mesmo não justifica o sacrifício e o trabalho dos artesãos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entomofagia: a alimentação do futuro!?

 Já pensou o que seria uma refeição à base de insetos? Uma refeição entomófaga, melhor dizendo. Sim, leu bem. Este género de alimentação é recente - pelo menos entre nós, os europeus. Uma questão de hábito, ou melhor, uma questão cultural. 

 De qualquer modo, e segundo notícias recentes, “cerca de 2 mil milhões de pessoas consomem insetos diariamente.” Além disso, “a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) incentiva ao aumento do consumo deste alimento invulgar.”[1]

 Se considerarmos alguns insetos – os herbívoros, por exemplo – é de supor que os mesmos sejam um alimento altamente nutritivo e saudável. Isto, naturalmente, de acordo com alguns dos princípios de alimentação e nutrição.

Efetivamente, tratando-se de seres vivos, mais não são do que um complexo conjunto de biomoléculas - proteínas, lípidos, glúcidos, vitaminas e sais minerais – à semelhança de outros, dos quais nos alimentamos.

 Se me perguntam: intenta comer? Sinceramente, não sei! Atendendo à forma anatómica de alguns, e tendo em atenção que o nosso cérebro é fortemente influenciável pelas imagens que capta, sendo forçada a comer, provavelmente, sentir-me-ia mais confortável a comer gafanhotos, do que a comer larvas de um inseto qualquer. Aliás, e como referem os entendidos na matéria, “os insetos para consumo humano “têm que ser produzidos por especialistas na área” e devidamente tratados de modo a tornar o seu aspeto "mais apelativo".

 Seja como for, qualquer dia a moda pega e nós estamos a comer, quiçá, paté de lagarta ou gafanhotos de escabeche.

 

 

 

[1]  In Silva, F. B. (junho de 2015) A proteína do futuro. SV, p. 200.

“Preciso de férias!”

 Provavelmente, a frase mais proferida nas últimas semanas. Uma espécie de escape mental para atenuar o cansaço, após um ano de esforços múltiplos: profissionais, financeiros, familiares, de saúde e, nalguns casos, afetivos. Sim, porque tentar ser Feliz dá trabalho e cansa. Um esforço constante, frequentemente inglório, que obriga a “manobras” muitas vezes difíceis.

 Embora a palavra férias implique uma pausa na profissão, a mesma nem sempre significa descontração, relax, espírito de aventura e/ou momentos agradáveis e de pleno repouso.

 Há compromissos - familiares, por exemplo - inadiáveis. Para esses temos que estar mentalmente preparados e encontrar formas de ultrapassar o stresse que possam provocar. Estou a lembrar-me, por exemplo, dos casais com filhos menores: neste caso é bom perceber que se trata de uma fase (boa) e pensar que também já fomos filhos. Disfrutar é a palavra de ordem.

 Outros, cuja disponibilidade individual o permite, desejariam sair do contexto habitual e não podem fazê-lo, por razões alheias à sua vontade. Neste caso a estratégia é alterar rotinas, inovar e aproveitar ao máximo as coisas simples da vida: fazer caminhadas, observar a natureza, treinar a fotografia, fazer um curso on-line, promover almoços/jantares de convívio (em casa de amigos ou familiares), ir a uma biblioteca, etc. Coisas (simples) que podem fazer a diferença.

 “Tretas”, dirão alguns de vós. Talvez, dependendo da perspetiva. De uma coisa tenho a certeza: martirizarmo-nos com pensamentos negativos não ajuda em nada, só piora a situação.

 Saber viver cada momento como se fosse único, é meio caminho para ser feliz. Viver o Agora é a chave do sucesso – com mais ou menos recursos.

"Casa do Funil" - a nova casa de campo em Mértola

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Desce. Sobe. Sobe e desce. É este o ritmo das andanças na vila velha. Um labirinto de ruelas que me conduzem à rua da “Torre do Relógio”, passando pelo “funil” – uma passagem estreita por onde vislumbro o rio.

 Hoje a ida tem um motivo: inauguração da casa de campo “Casa do Funil”. A nova unidade hoteleira do burgo (que os amigos Paula e Rui tão bem souberam arquitetar e decorar).

 Antes de conhecer o novo espaço, houve lugar a uma animação de rua: uma curta peça teatral para animar os convidados. Um momento de verdadeira descontração, ou não fosse o local uma rua emblemática, deste cantinho à beira rio plantado…

 Seguiu-se um pequeno beberete - na zona de receção e loja gourmet -, onde deliciosas iguarias se fizeram acompanhar dos excelentes vinhos da região – rosé e branco bem fresquinhos.

 No final o reconhecimento do espaço e a certeza de estarmos numa casa tranquila, onde o espírito Zen se faz sentir. Recomenda-se a estadia.

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