Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

No coração da Natureza

Perto de mim alguém dizia: “Cheira a raposa!” É assim, no coração da natureza. Aromas, fortes, que se entranham e nos fazem sentir a essência da Vida.

Num sobe e desce constante, enquanto caminho vou recriando cenários passados. Como seria o quotidiano, nestas paragens, há milénios atrás? Sem pressas nem ansiedade. Talvez. Uma vida simples, despojada, sem normas rígidas e sem limites. Ou não.

Enquanto a imaginação vai tecendo enredos, paro alguns instantes e inspiro o ar forte do campo. O riacho que corre entoando no vale… a perdiz que canta na encosta... Sons que embalam a mente e dissipam pensamentos. Sinto-me enraizar ali.

Em plena natureza sentimo-nos livres e autênticos: um estado de êxtase físico e mental cujo efeito se traduz num bem-estar total. Em suma: o remédio certo para estados de fadiga total e/ou nostálgicos.

149.JPG

151.JPG

146.JPG

152.JPG

154.JPG

162.JPG

170.JPG

171.JPG

 

156.JPG

160.JPG

 Nota: fotos tiradas no barranco da Água Alta (Parque Natural do Vale do Guadiana).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Já não há Natal como o de antigamente!”

Cá em casa é frequente ouvir dizer: “Já não há Natal como o de antigamente!” Por hábito, não comento. Limito-me a ouvir o rol de recordações que a minha mãe vai debitando, junto à lareira. No caldeirão das memórias, há uma ou outra que se aviva: lembro-me, por exemplo, de ir à mata, nas traseiras da casa, colher o musgo para o presépio. Uma tarefa divertida, que a minha avó materna fazia questão de manter todos os anos. A montagem do presépio constituía um momento mágico, mas nem sempre pacífico. A disposição das figurinhas de barro, sobre o tapete de verdura, por regra, não obedecia ao sentido estético e decorativo que a minha mãe desejava. No entanto, entre uma alteração e outra, os figurantes ganhavam vida e o espírito de Natal inundava a casa.

Hoje, o presépio não tem musgo e as figurinhas de barro deram lugar a uma peça única, representativa da sagrada família. A árvore de Natal e outras alternativas decorativas vão dando aos lares o ar natalício na medida do desejo (e vontade) de quem neles habita.

Com presépio, ou sem ele, mais do que viver o espírito do Natal – em paz e harmonia, vive-se o consumismo dos tempos modernos: comprar mais e mais. Promoções e saldos (antecipados) vão atraindo à rede os consumidores mais desatentos, transformando uma dos mais antigas “reuniões familiares” num negócio sem limites. Talvez por isso (e muito mais), o Natal de hoje seja bem diferente do Natal de antigamente…

 

presépio.jpg

Presépio na rotunda de Mértola, Natal 2014

 

 

As cores do (meu) Caminho...

Mudar (também) é preciso! 

Eis o mote que induziu à alteração das cores deste blogue. E porque gosto das cores da Terra e dos frutos do outono - castanhos, laranjas, ocres… -, a nova imagem reflete, um pouco, dessa paleta. Um mosaico de cores que, ao contrário dos dias frios, aquece a alma e (re)ativa a imaginação.

Cores que traduzem o espírito da estação: mudança, resiliência, adaptação e (muita) confiança.

Assim, pergunto: o outono é triste? Não! A tristeza (e a alegria) está em nós. Sem confiança, o presente mutila e o futuro será hipotecado. São as cores do presente que iluminam o Caminho; selecionamos as que dão mais brilho ao nosso Percurso, para que a nossa Passagem faça todo o sentido.