É hora da “folga”
As ruas estão desertas: nem uma vivalma se avista. Só um cão, deitado à somba, no canteiro da praça, de língua de fora. Passo por ele e não dá rumor. E enquanto caminho - neste cenário típico de um dia de verão no Alentejo - procuro refúgio na sombra dos beirais.
São três horas da tarde: o sol queima a pele e o ar (quente) fica irrespirável. O corpo cede à dormência e a alma fica mais só. Uma modorra que anestesia os sentidos – é hora da “folga”.