Beja, capital?
Na rua deserta já se respira o ar "quente" da planície; as paredes brancas ofuscam-me o olhar. No centro da cidade, meia dúzia de transeuntes entram e saem das (poucas) lojas que resistiram à recessão. Uma cidade triste, sem energia e sem dinâmica de vida, sem sonhos...
A alma da cidade está moribunda: onde andam as gentes que outrora se juntavam na meia-laranja e que sorriam genuinamente?
Vejo no rosto de quem passa a apatia que reina: falta de alegria, ausência de ambição, descrédito no futuro.
Será possível inverter a situação? Talvez. Antes de tudo, devolvendo à cidade a massa crítica capaz de dinamizar o tecido empresarial e social. Tarefa difícil? Sim, mas não impossível.