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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Do meu olhar (3)

Focos de luz, são réstias de esperança num céu cinzento. Quando a penumbra se instala, surge o desejo de reinventar a História: quebrar “feitiços”, mover montanhas. Quem dera que o mundo fosse um casulo vestido de paz e harmonia. Talvez esta volatilidade do Estar se esfumasse e os surtos de insatisfação desaparecessem...Talvez o Ser encontrasse a tranquilidade merecida.

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Na "aldeia mais portuguesa de Portugal"

Vislumbro à distância o perfil do casario. Na encosta, virada a norte, o sol já se escondeu e a sombras invadiram as ruas. No largo, defronte à igreja de São Salvador, as ruas, estreitas, são insuficientes para albergar todos os carros que chegam à aldeia. Hoje, mais uma vez, os turistas vão chegando para ver o pôr-do-sol, a partir do castelo: um momento mágico; um quadro pintado da cor do fogo.
Na íngreme subida, as silhuetas em contraluz, fazem lembrar marionetas suspensas. Outras, de pedra talhada, lembram personagens de um conto qualquer. É esse vaivém, constante, de visitantes, que anima as ruelas e faz esquecer a noite, fria e silenciosa. Antes do anoitecer, aproveita-se o terraço da taberna lusitana, para bebericar uma bebida - de preferência quente, porque o frio assim obriga. Na aldeia de Monsanto, onde Fernando Namora se inspirou para escrever A Noite e a Madrugada, cada bloco de granito conta um pouco da história da Terra. Por isso, mas não só, "a aldeia mais portuguesa de Portugal" merece uma visita.

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Pelos montes da serra algarvia

Subo a encosta, fixando o olhar no horizonte; um horizonte recortado pelos montes da serra algarvia. Antes que o sol diga adeus à tarde, atalho caminho em direção a vale de Morenos - um recanto do barrocal algarvio (no concelho de Tavira), onde o natural e o rural se fundem na imensidão da paisagem. Um quadro que lembra uma aguarela de verde tingida, na qual sobressai o colorido dos frutos dos medronheiros. Frutos que vou saboreando, durante a caminhada. Um sabor vindo da terra - natural e doce. Continuo, descendo a encosta virada a leste, e chego ao vale. Ali, inalando uma mistura de perfumes selvagens, afundo-me na corrente de emoções e pensamentos do momento. Não fora o canto dos pássaros, por entre as copas das árvores, o silêncio seria total naquele pequeno mundo. Mais adiante, numa casa junto à ribeira, um casal aproveita a temperatura amena para relaxar no alpendre. Momentaneamente, fantasio, e imagino-me ali naquele sossego profundo, longe da confusão social e das obrigações profissionais.
Caminho mais um pouco e regresso à Quinta da Fóia - um alojamento local onde todos os recantos apelam ao ócio, como o pequeno bar, cuja música ambiente e decoração reportam à França dos anos sessenta. A casa dispõe de múltiplos recantos para relaxar e desfrutar da paisagem envolvente. Como o terraço, sobranceiro à piscina, onde se pode degustar um pequeno-almoço rico e variado, à base de produtos regionais (e biológicos). Tudo isto... e muita simpatia no atendimento, num ambiente de grande tranquilidade.

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