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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Por terras da Beira Baixa

Apesar do frio, o dia soalheiro convidava a passear: escolhi a aldeia histórica de Idanha-a-Velha (na Beira Baixa), onde se pode apreciar a estação arqueológica de relevo nacional. Ali se exibe um conjunto de ruínas de fundação romana, muito bem preservado.
O silêncio das ruas evidenciava o despovoamento típico do interior do país. Para além dos cerca de setenta (oitenta?) habitantes, são os turistas que animam os dias e dão algum colorido às ruas. Talvez falte investimento (?), talvez falte apostar mais na vertente turística (?) ou noutras alternativas capazes de dinamizar aquela que já foi, outrora, cidade capital da Civitas Igaeditanorum (séc. I a.C.).

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"Dia do Pai"

Todos os dias são "Dia do Pai"; todos os dias são o seu dia, porque todos os dias o recordo como se não tivesse partido.
Foi há dez longos anos. Ainda o inverno se fazia sentir, quando o sol irrompeu naquela manhã de março, não para dar brilho ao dia - como gosto que o faça -, mas para me anunciar a sua partida. Na sua ausência, a primavera ficou mais triste e o verão menos colorido. Desde então, cada dia é uma ausência presente; um caminhar sem rumo, uma tristeza cristalizada que jamais se dissipará. Outros caminhos, outras encruzilhadas se seguiram, mas a sua ausência deixou marcas indeléveis.

Porque já não posso abraçar o meu Pai, recordo-o, hoje, desta forma: feliz,  no campo, rodeado dos seus animais.

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Descanse em Paz, Querido Pai.

Ausência infinita

Há uma primavera que se anuncia: no aroma dos malmequeres, no chilrear da passarada, no balir dos rebanhos, na lembrança do teu sorriso. Aqui, na vastidão da planície, onde a vida flui ao som da natureza, há uma saudade que se entranha e uma ausência que dói. Uma ausência infinita que é presença hoje, e sempre.
E nesta emoção mista, de passado e presente, há uma lágrima escondida que te chora.

 

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