Nos dias de ausência(s)
Dias longos… cinzentos… vazios! Dias sem a luz da amizade e do carinho. Como hoje, domingo de Páscoa. Um dia que se desejava de paz e amor na presença, foi mais um dia de “solidão” imposta. Um dia de privação: sem as gargalhadas sonoras dos netos e sem os abraços dos mais queridos. Dias em que, para compensar as ausências, procuro no seio da natureza o prazer de múltiplas sensações: nas cores e cheiro das flores, no zumbido das abelhas, no canto das aves… Uma alquimia de encantos diversos, cuja magia me invade e me faz querer que: “Vai ficar tudo bem!”. E, porque existe a crença de um amanhã melhor, vivo na esperança dos dias luminosos, dos dias de sorrisos longos e sonhos risonhos. Dias em que um simples “Bom dia!” faz a diferença. Em suma, dias em que, mesmo ausente na multidão, sinto o palpitar do burgo no vaivém do tempo.
(Flores de rosmaninho)