Desabafos de uma viajante (de autocarro)
- Cumprir horários num dia feriado (um verdadeiro massacre, para quem almeja por um dia livre de obrigações/deveres!);
- Suportar o cheiro a “patchouli”, do viajante no banco ao lado (um enjoo!);
- Parar em todos os apeadeiros e mais alguns (que paciência!);
- Respirar o ar poluído nos terminais rodoviários (uma tortura, para quem adora ar puro!);
- Ficar faminta e não poder parar para comer algo (uma “fome dos diabos”!);
- Aturar o ladrar de um “cãozinho de dama”, no terminal, que não parou de “atiçar” o cãozarrão do lado (insuportável!);
- Ouvir a gritaria de uma senhora, ao telemóvel, a explicar a sua primeira visita à capital (enervante!)
- Arrumar a bagagem de mão, num espaço exíguo (uma manobra difícil!)
- Comer uma sandes desenxabida na “barraquinha da esquina” porque o único bar do terminal tem uma fila sem fim (um atentado à saúde!);
- Ficar com os braços doridos, de puxar o trolley pesadíssimo (uma prova de esforço!);
- Querer ler e não conseguir passar da primeira linha porque alguém, no banco de trás, resolveu amachucar uma garrafa de plástico vazia, como se de uma bola anti stresse se tratasse (irritante e desconcertante, depois de seis horas em viagem!);
- Resolver fazer “meditação” para relaxar do stresse já instalado… (tarefa inglória!).
Como se não bastasse, a memória resolveu fazer das dela e assolar-me o espírito com “nostalgias” de outrora… uma odisseia! A não repetir nos tempos mais próximos.
