Em Ronda (no final de 2014)
Ronda: um cenário perfeito para terminar 2014. Uma cidade onde o presente nos remete para o passado longinquo; retalhos da História que o tempo teima em preservar - e ainda bem.
Chego à cidade a meio da tarde. O sol - quase adormecido - já não protege do frio cortante mas, ainda, permite captar as primeiras imagens. A beleza da cidade, encaixada nas vertentes do desfiladeiro que separa a zona "antiga" da zona "mais recente", deixa-me rendida.
O nascimento da cidade remonta ao Neolítico - como comprovam os vários achados arqueológicos da região. Os vários séculos de história da cidade encontram-se perfeitamente preservados na riqueza e diversidade do património arquitetónico e cultural.
Se um passeio no casco antigo nos transporta para épocas remotas, uma visita à Real Maestranza - um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, cujo espaço alberga vários núcleos museológicos - significa entrar na época moderna (três séculos depois da conquista de Ronda aos árabes). O edifício foi inaugurado em 1785 - data da consagração definitiva das corridas de touros, como festas eminentemente populares.
Desde aí, até aos nossos dias, Ronda tem cativado um número cada vez maior de visitantes. Como eu.
A noite chegou rápido e com ela as ruas ficaram desertas. Só os turistas permanecem deambulando e procurando um restaurante (entre os poucos abertos, nessa noite ) para jantar. Só uma hora depois das doze "campanadas" as ruas começam a dar sinal de vida: chegou a hora de comemorar o novo ano, "fora de portas", até ao nascer do sol...
NOTA: recomenda-se, também, uma visita aos parques naturais envolventes.