Lugares: com alma e sem ela
Começo a compreender os moradores dos centros históricos de Lisboa e do Porto. Não deve ser fácil conviver (diariamente) com o vaivém constante de turistas a entupir as ruas, os lugares de estacionamento, os supermercados e lojas. Quem disse que viver no bulício é bom? Pessoalmente, até gosto das grandes cidades, mas faz-me falta desfrutar do silêncio e da tranquilidade dos espaços. Começa a ser difícil conseguir esse estado de alma, até nos pequenos aglomerados urbanos. A essência dos lugares (a sua alma) desvanece-se perante o turismo massificado. Quem procura lugares com alma não prefere (de todo) encontrar uma multidão a deambular. Um dia (talvez, julgo) "alguém" irá parar para pensar que a publicidade em exagero desvirtua o encanto e a beleza dos lugares. Ser autêntico é ser natural. E o natural não se coaduna com exageros e/ou ambições desmedidas.