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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Outra vez (n)o barrocal

Em Tavira encontro tudo o que aprecio na cidade: casas antigas, boas esplanadas, boa comida, um património histórico e cultural diversificado e um rio aos pés do casario. Gosto do lado citadino do concelho, mas gosto, ainda mais, do lado (quase) "oculto", o lado natural e da ruralidade - o barrocal. Com o propósito de usufruir da tranquilidade daquela região, hospedei-me na Casa Branca (uma casa de campo, no Sítio do Prego, EN270). Um espaço tranquilo, onde se pode aproveitar o silêncio reinante, para descansar e pôr as leituras em dia. Uma estadia ótima para quem valoriza o lado simples, mas bom da Vida.

(A primavera e o outono são alturas ideais para este tipo de "retiros". Os dias amenos convidam às caminhadas nas redondezas ou a estadias prolongadas no espaço junto à piscina; as noites, mais frescas, apelam a experiências gastronómicas para provar novos sabores na Taberna do Barriga (em Santa Catarina da Fonte do Bispo) ou em Santo Estevão, no restaurante Luís do Prego - onde recomendo o cabrito assado no forno. Sítios diferentes, mas ambos calmos e com excelente comida.)   

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No Monte da Morena... sossego e tranquilidade

Uma manhã de verão (alentejano) atípica: cinzenta e fresca. No Monte da Morena Agroturismo, reinam o sossego e a tranquilidade.

Na hora de subir ao grande alpendre, para mais um pequeno-almoço bem caseiro, a gentileza e a amabilidade da D. Custódia (a governanta de serviço) fazem-nos sentir em casa. Na mesa, o pão e queijo frescos da região, o requeijão com mel, as compotas caseiras... e os famosos "biscoitos de Brinches" - que fazem esquecer qualquer dieta.

Depois, depois é hora de deixar os dias passarem num verdadeiro "nada fazer". Entre um mergulho e outro na piscina, há tempo para ler, escrevinhar ou meditar na relva, quase sempre com o Bréu por companhia - um dos dóceis labradores da casa. 

À tardinha, quando o sol se esconde para lá dos montes, chega o silêncio da noite e com ele as melodias do campo: o pio do mocho, o coaxar da rela, o canto do grilo. Ao luar, sob o olhar das estrelas, é hora de viajar no tempo: aviva-se a memória e deixam-se entrar os sonhos. Tudo isto (e muito mais) no pequeno oásis "a um pulinho" do centro de Serpa - a cidade do Museu do Relógio, onde se podem degustar alguns dos mais típicos pratos da gastronomia alentejana.

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Na "praia do sudoeste"

A manhã acordou morna e tranquila no monte do Papa-léguas: o local eleito para descansar, ao ritmo da natureza. Após o pequeno almoço, bem caseiro, seguiu-se uma pausa para o café matinal, numa das esplanadas da Zambujeira do Mar. Alguma leitura, uma breve visita à loja Lhasa, para conhecer as novidades, e é hora de descer em direção ao mar, estender a toalha no areal e deixar o corpo relaxar na espuma dos dias.

Por hoje, algumas nuvens cobrem o céu, mas sol brilha na praia do "palheirão" - o rochedo mais "solitário", que se ergue no mar da Zambujeira.

Esvazio o pensamento e escuto o murmúrio das ondas... É desta forma que saúdo o verão, na "praia do sudoeste".

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(N)as Melrinitas

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Lá fora, ao frio matinal, o Espanhol – o gato da casa - espreita na umbreira da porta, da sala de refeições. Tem um ar verdadeiramente felino: pelagem farta, de um tom acinzentado, orelha afitada. Não retribui afetos, mas também não hostiliza quem está. Sabe bem sentir este acolhimento, quase familiar! É este ambiente, intimista, que caracteriza as Melrinitas – uma casa de turismo rural, junto a Serpa, recentemente inaugurada. Um espaço onde o canto dos pássaros e o som da água da nascente embalam o corpo e relaxam a mente.

Para além da envolvente natural, o monte disponibiliza quartos (single e twin), apartamentos com kitchnet, uma piscina exterior e outras infraestruturas de apoio que embelezam o espaço e conferem conforto e bem-estar ao utilizador.

Para ganhar energia para o dia, um pequeno-almoço rico e variado bem ao gosto alentejano: queijo fresco da região, compotas caseiras - como a “marmelada da avó”, acompanhados de um sumo de laranjas da horta. Sabores tradicionais e familiares que o Sr. Ivo (o proprietário) faz questão de disponibilizar aos hóspedes da casa.

Face à breve “visita”, ficou a promessa de voltar para disfrutar (mais) de tudo: da natureza envolvente, do conforto do espaço, da simpatia no acolhimento… Um refúgio ideal para quem quer descansar, namorar, fazer caminhadas e provar a excelente gastronomia de Serpa.

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Mais informações em: http://www.booking.com/hotel/pt/melrinitas-turismo-rural.pt-pt.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Viajar cá dentro”

 Há uns anos viajar significava, quase sempre, sair do país. Nos tempos que correm, o conceito de “viajar cá dentro” está cada vez mais em voga. Hoje, muitos de nós desejam, afincadamente, conhecer em primeiro lugar o seu próprio país.

 O que aconteceu? Uma inversão de vontades? Ou uma imposição de vontades? Seja lá o que for, importa salientar esta mudança de atitude.

 No limite, na base dessa alteração, encontramos alguns conceitos fundamentais: “turismo em espaço rural”, “turismo de habitação”, “agroturismo”, “enoturismo”, entre outros. Novos modelos de desenvolvimento do turismo - que ganharam relevo e adeptos – constituem vertentes potenciadoras de um novo olhar sobre o que é “nosso”. Uma estratégia que permite contactar de perto com as belezas naturais de Portugal.

 Mais próximos da natureza, valorizamos, mais, o que este país tem de melhor: clima, paisagens, história, património, gastronomia e cultura. Uma riqueza incomensurável que os nossos escritores (clássicos) tão bem souberam apreciar - e descrever nas suas obras literárias. Quem não se lembra, por exemplo, das idílicas paisagens de Sintra, minuciosamente descritas por Eça de Queirós na sua obra “Os Maias”? Para não falar de outras magníficas paisagens deste país, que Almeida Garret tão bem caracterizou no livro: “Viagens na minha terra” ou, porque não, “Os Serões da Província” do Júlio Dinis, etc. Tantas descrições, quantas as paisagens que Portugal nos oferece.

 Por outro lado, a crise económica e financeira que atravessamos - e que despoletou nas famílias uma contenção nos gastos - reprimiu desejos e vontades mas proporcionou um conhecimento mais efetivo da nossa realidade.

Diria mesmo: “viajar cá dentro” é uma mais-valia porque “só se ama aquilo que se conhece”.