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Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

Escrita ao Luar

Um blog de “escrita” sensitiva e intimista sobre (quase) tudo... e com destaque para: viagens, ambientes inspiradores e gastronomia.

No hotel D'Alcoutim

Cheguei, num daqueles dias de inverno em que só apetece "estar em casa", no quentinho, a ler, a ver um filme, a fazer zapping. O dia estava frio, mas o sol dava um brilho especial ao ambiente, tornando tudo ainda mais bonito, e acolhedor, no hotel D' Alcoutim: uma janela virada ao rio Guadiana; um espaço de bom gosto, onde os clientes são recebidos com profissionalismo, e muita simpatia, pelos anfitriões Marta Simões e Luís Palma. Os espaços, para além de confortáveis, apresentam uma decoração moderna, onde a dominância das cores azul e branco, remetem aos tons da náutica envolvente; um ambiente em harmonia com as águas calmas e serenas do rio, onde descansam veleiros de outros mundos.

Para além dos espaços (interiores e exteriores) que o hotel oferece - e que permitem descansar tranquilamente, há mais para usufruir na vila raiana de Alcoutim: caminhadas, visitar o castelo e/ou os monumentos megalíticos do Lavajo (Menires de Lavajo I e Menires de Lavajo II), dar um mergulho na praia fluvial do Pego Fundo, fazer um passeio de barco no rio... etc., etc.

E se a vontade quiser e o desejo apetecer, é só embarcar num dos táxis fluviais, ancorados no cais da vila, e ir até Sanlúcar de Guadiana: a pitoresca vila do outro lado do rio, onde se podem degustar umas tapas e beber "una caña", a contemplar o pôr do sol...

Pelo silêncio, pela paz, pela tranquilidade e pelo pequeno-almoço maravilhoso (cujo cardápio é da responsabilidade da nutricionista Marta Simões), recomenda-se, vivamente, uma estadia neste hotel.

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(Na) Praia do Amado

É nesta praia, entre mergulhos e leitura, que gosto de passar parte das férias, na costa vicentina. Aqui usufruo do verdadeiro, do natural, do (quase) selvagem sudoeste de Portugal: paisagens verdejantes, nos vales entre dunas, e falésias escarpadas, com vista deslumbrante para o mar.
Quando avisto a praia do Amado, lamento (sempre) não saber surfar. Um pensamento vindo a propósito, ou não estivesse na praia do vaivém, constante, das pranchas de surf e bodyboard... E dos terreiros com carrinhas pão-de-forma e caravanas, onde os mais descontraídos pernoitam, para dar tréguas aos corpos cansados, da luta contra o gigante azul de águas frias e revoltas.

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A caminho da ribeira

 

Chego à aldeia, quase ao entardecer. O silêncio quebra-se quando atravesso o casario, em direção à ribeira: um cão que ladra vem ao meu encontro; dirijo-lhe meia dúzia de palavras e um gesto de afeição. Nada temo do velho animal, cansado da mudez dos dias...
Prossigo a caminhada, sentindo em comunhão o corpo e a mente, enquanto inalo os aromas do campo. No pinhal, a voz do vento sussurra-me ao ouvido uma melodia que evoca saudade... No lado oposto, o pio de uma ave desfoca-me o pensamento. Fico atenta; perscruto angústia naquele canto. Um pouco mais à frente, um coelho saltita no pasto ressequido, para logo desaparecer, por entre as estevas da berma do caminho... Ando mais um pouco, até o sol se esconder atrás do monte.

A caminho da ribeira... sinto-me una com a mãe-Natureza e inundada de uma paz única, que se vivencia nos campos do Alentejo.

 

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“O caminho faz-se caminhando”

Às vezes caminhamos, outras vezes tropeçamos. Se há pedras no caminho, só temos que saber contorná-las e acreditar que há (sempre) um amanhã melhor. Acreditar é sonhar. Porque sem Sonho a Vida não existe, existe sobrevivência.

Enquanto caminho, medito. Leio o pensamento. Ler só por ler, sem julgar antecipadamente e/ou inutilmente. É assim que prefiro caminhar. Sem pressas, sem devaneios, sem rumo. Só eu e o tempo que o Tempo me dá. Caminhando e observando o mundo, sem juízos de valor. Desse modo estou bem comigo e com o universo. Num estado de energia plena e de bem-estar, sem pensar no passado e/ou projetar o futuro. Diria antes: estou Zen - um estado que me permite ” beber um café comigo mesma”.